AVALIAÇÃO DA POLIFARMÁCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM UMA CIDADE DO INTERIOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Keywords:
Polifarmácia, Interações Medicamentosas, Envelhecimento, Lista de Medicamentos Potencialmente InapropriadosAbstract
Objetivo: Avaliar a prevalência e fatores associados à polifarmácia, além de verificar possíveis interações medicamentosas em idosos residentes em Instituições de Longa Permanência (ILP) em uma cidade mineira. Método: Estudo transversal, quantitativo, realizado com 126 idosos residentes em ILP um município de MG. Utilizou-se um questionário estruturado. Considerou-se como variável dependente polifarmácia e como variáveis independentes idade, sexo, tempo de institucionalização, escolaridade, quantidade de queda e número de internação. A classe de medicação foi agrupada de acordo com Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) e interações medicamentosas classificadas segundo o sistema Lexicomp. Resultados: A prevalência de polifarmácia foi de 70,0%. As classes mais prevalentes segundo ATC constituem-se medicações classificadas como C (32,0%), N (27,2%) e A (23,1%). As variáveis independentes explicaram-se 35,86% em relação à quantidade de medicação com maior significância à escolaridade e ao total de doenças. A polifarmácia esteve associada a comorbidades que envolvam o sistema endócrino/metabólico. As interações mais prevalentes no estudo foram as da classe C (75%), classe D (12%) e classe B (11%). Evidenciou-se uma correlação significativa de interações X com comorbidades associadas ao sistema endócrino/ metabólico. Conclusão: A alta prevalência da polifarmácia encontrada no estudo associa-se a fatores como escolaridade e presença de múltiplas comorbidades.