A SAÚDE MENTAL DO RESIDENTE DE MEDICINA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Resumo

Introdução: Os programas de residência acabam por alterar a forma de viver e trabalhar do médico e, considerando que este pode já se encontrar inserido no mercado de trabalho, desempenhar novamente a função de estudante requer dedicação e sacrifícios. Além disso, a residência geralmente é um período envolto por diversos fatores estressantes, que podem resultar em sofrimento mental e, consequentemente, impactar a qualidade do cuidado prestado. Objetivo: Compreender como a residência médica afeta a saúde mental do médico residente, evidenciando as principais dificuldades que este enfrenta ao longo de sua formação e destacando as consequências psicológicas observadas neste grupo, além de investigar o que a literatura aponta como propostas de intervenção para essa problemática. Métodos: Para isso, optou-se por realizar uma revisão integrativa. Assim, foi realizada uma busca nas bases LILACS e SciELO, sendo selecionados estudos em inglês e português que abordassem, no título ou no resumo, a temática investigada, além de estarem disponíveis na íntegra e terem sido publicados nos últimos dez anos. Resultados: Através das 15 publicações incluídas na presente revisão, foi possível observar uma alta prevalência de transtornos mentais em residentes médicos, com destaque especial para a Síndrome de Burnout. Além disso, foram identificados os principais fatores envolvidos nessa problemática e destacadas as possibilidades de intervenção apresentadas na literatura até o momento. Conclusão: Acredita-se que os resultados do presente trabalho possam servir de subsídio para o desenvolvimento de medidas de prevenção e intervenção direcionadas à prática cotidiana no ambiente dos programas de residência médica, buscando promover a qualidade de vida e bem-estar dos sujeitos envolvidos.